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sexta-feira, 21 de março de 2014

Perdido em mim...Por momentos!


- "Ao longe e na minha caminhada reparei lá no alto, no meio das árvores, em uma antena. Engraçado que, indo eu a descer, lá no cimo, aquela estrutura metálica parecia mais perto do que na realidade estava. Tinha o caminho todo para me convencer disso."

(...)
Findo o caminho, a sensação de eu estar em grande antecedeu o sentimento de me sentir pequeno... mesmo muito pequeno, aos pés de uma antena que se estende de hoje até ao amanhã. Olhei para o meu passado lá em baixo, ainda adormecido e em cima de um manto verde de árvores e também ele me pareceu pequeno, apesar de eu saber que ele se estende para além do que a minha vista pode alcançar!

Sem relógio, e por isso sem horas, simplesmente deixei que o tempo passasse por mim. Quantos minutos passaram não faço a menor ideia, nem quis tão pouco saber. Pensei apenas no que seria se, em vez do meu passado, conseguisse ter uma panorâmica dinâmica da minha vida, sem filosofias, só e apenas o distanciamento necessário para ver com maior clareza aquilo que a proximidade nos retira quando estamos enfiados e fechados somente no passado e ou nas ruas da amargura das más decisões e processos do quotidiano.Não cheguei, de facto, a conclusão alguma, pelo menos relevante, e fiquei satisfeito com isso. "Às vezes, de tanto procurar-mos respostas, não alcançamos nem nos apraz, saborear um momento por tentarmos em demasia descobrir, a que vai saber o seguinte".

A antena lá ficou...Atirei-me literalmente ao caminho, porque a mim ninguém vê ao longe no meio do mato e, quem me vê, não me acha assim tão inspirador para lá ficar, como eu a deliciar a paisagem. Por mais estúpido que pareça, pensei na campanha que aí anda para vender ténis e camisolas justas de lycra e que reza "Quem corre, encontra-se". !!

- Que apropriada estupidez, prefiro mil vezes correr até me sentir exausto, e em perder-me em mim, nem que seja durante um "bocadinho"!!!

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