RADIO ATALTIC SEA

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Soneto imperfeito

"Catar feijão se limita com escrever:

Joga-se os grãos na água do alguidar
E as palavras na folha de papel;
E depois, joga-se fora o que boiar."
            (J. C. de Melo Neto)


Poesia, doces águas onde me afogo, 

Mas que se foi sem alegar qualquer razão, 

Sem me dizer ao menos se voltará logo, 
Ou se será eterna a minha solidão. 
Que farei sem ti, ó fonte augusta dos meus sonhos? 
Sem tuas rimas, de que vale a pena escrever? 
Se as lágrimas que caem dos olhos tristonhos, 
Diversas vezes me ajudaste a conter... 
Perdoa-me portanto, se neste meu poema 
Faltou a tua essência óh perfeito perfume,

Que concedes a tudo em mim o teu toque magistral, 

Olha, porém, nele te fiz meu tema: 

Toda a beleza que existe em ti se resume, 
Á imperfeição no teu servo tão mortal


E assim nasce este soneto imperfeito

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Constatação…

Descobri que esperamos demais das pessoas e assim, é muito comum eu ter o mau hábito de projectar nos outros os erros que afinal são meus, refiro-me exactamente à idealização que fazemos de alguém somente por estar simplesmente encantado. O resultado é quase sempre a decepção, porque gostar de verdade e não da imagem que fazemos de alguém, exijo amor de verdade também, para aceitá-lo com todas as suas limitações, erros e até desamor.
Claro que o amor partilhado é uma festa, mas nem sempre é o que acontece, amor não é algo coerente, Nem sempre é entre nós e alguém. Mas a minha capacidade de amar independentemente de encontrar correspondência
exige muito de mim e coragem para me permitir analisar se as pessoas me magoam ou se muito simplesmente, permito a ser magoado por elas.
Todavia e evidentemente, não estou isento de culpas, mas culpas também têm aqueles que realmente as possuem, fazendo-se vítimas do seu jogo de ilusões deliberada. Enfim, eu prefiro ver o ser humano como uma caixinha de surpresas!
Até pode ser que um dia, aprenda com a desilusão e com a dor que inevitavelmente me leva a castigar a pessoa errada: Eu!


"O mais importante de tudo não é o que fizeram de ti, mas sim o que vais fazer, com o que de ti fizeram!"
(Jean Paul Sartre)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Olha, guarda e relembra…



Olha no teu jardim, as flores entreabertas e nunca as pétalas caídas. Contempla na tua noite o fulgor do brilho das estrelas, e nunca o chão escuro. Observa no teu caminho, a distância vencida e nunca a que ainda falta por cansado que estejas. Guarda do teu olhar o brilho das alegrias e nunca as névoas das tristezas.
Retém da tua voz os risos e as canções mas nunca os teus gemidos.
Grava na retina dos teus olhos o nascer das auroras e nunca os sulcos do teu pranto. Conserva e grava no teu coração os passos rectos e puros, mas esquece os transviados.
Guarda ainda o gesto das flores que ofereces-te e esquece os espinhos que inevitavelmente ficaram. Dos teus lábios conserva as mensagens bondosas e esquece as maldições ditas no calor da discussão.
Relembra a coragem e o heroísmo das tuas escaladas, mas esquece o prazer fácil das descidas. Conta e mostra as medalhas das tuas vitórias e não esqueças as cicatrizes das derrotas. Por isso mesmo, com a mesma coragem e heroísmo, olha de frente o sol que existe na tua ida e esquece a sombra que fica para trás.
- A flor que desabrocha é bem mais importante que mil pétalas caídas!
- E um só olhar de amor pode levar consigo calor suficiente para aquecer muitos Invernos!
- A bondade é bem mais forte em nós e dura mais do que o mal que nós mesmos praticamos!

Sê portanto optimista, não te esqueça de que é no fundo das noites sem luar, que brilham muito mais as nossas estrelas!

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ás vezes...


...

Às vezes as pessoas que amamos são as que mais nos magoam e nada existe que possamos fazer, senão continuar a nossa jornada com o coração destroçado... Às vezes falta-nos a esperança.
Às vezes o amor magoa-nos profundamente e demasiadamente lentos vamos recuperando dessa chaga aberta e tão dolorosa. Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar...é nossa razão de existir.
Às vezes estamos e sentimo-nos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida e se torna o nosso destino.
Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas e a solidão aperta o nosso coração pela falta de uma única pessoa. Às vezes a dor é tão forte que nos faz chorar e faz querermos parar de viver até que algo toque nosso coração, algo tão simples como a beleza de um pôr-do-sol, a magnitude de uma noite estrelada ou a simplicidade de uma brisa batendo no nosso rosto.
Ás vezes…
É a força da natureza a chamar-nos para a vida e é quando descobres que as pessoas que te pareciam ser sinceras e receberam a tua confiança te traíram sem qualquer piedade. Então descobres que o que para ti era amizade, para outros, apenas era conveniência e oportunismo. Por essa altura descobres que algumas pessoas nunca disseram eu te amo e por isso nunca fizeram amor, apenas tiveram sexo gratuito... Descobres também que outras pessoas disseram eu te amo uma única vez e agora temem dizer-to novamente e com razão mas, se o teu sentimento for sincero poderás ajudá-las a reconstruir um coração quebrado.
Assim… Ao conheceres alguém, presta muita atenção ao caminho que essa pessoa percorreu, são fatores muito importantes: a relação com a família, as condições econômicas nas quais se desenvolveu. (dificuldades extremas ou facilidades excessivas formam um caráter), não escores também os relacionamentos anteriores e as razões do rompimento, os seus sonhos os ideais e os objetivos.
Não deixes nunca de acreditar no amor mesmo que no momento te sintas ferido, enganado, usado e relegado para um canto, esquecido. Mas certifica-te que: entregar o teu coração para alguém terá que ser a alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que tu. Manifesta as tuas ideias e planos para saberes que combinam. Pois não basta gostarem de ouvir a mesma canção!
Certifique-te de que quando estão juntos, o abraço vale mais que qualquer palavra!
Mantem-te atento e aberto a algumas cedências e alterações mas jamais abras a mão de tudo, pois se essa pessoa mais tarde te abandonar, nada te irá restar. Tem algo importante sempre em mente, às vezes, tentar salvar um relacionamento, manter um grande amor, pode ter um preço demasiado alto, se esse sentimento não for recíproco...
Prepara-te para que em algum momento essa pessoa poderá deixar-te e o teu sofrimento será ainda mais intenso do que teria sido no passado. Pode ser difícil fazeres algumas escolhas que por dolorosas evitas mas muitas vezes, acredita, isso é realmente necessário...
Às vezes…
- “Existe uma diferença muito grande entre o conhecer o caminho e percorrê-lo…A tristeza pode ser intensa e dolorosa, mas jamais será eterna...”
Às vezes…

- “A felicidade pode demorar a chegar mas o importante é que quando chegar, venha para ficar e não esteja apenas de passagem... 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Despido e descalço ...

Hoje somente quero escrever o que me dita o momento:assim, embalado na leitura  a que me dediquei nas ultimas horas somente me resta dizer o seguinte:

Perdoa-me, se fui a pedra, a nuvem cinzenta ou o espinho aguçado que fez com que teu coração sangrasse nos momentos em que mais precisavas ser feliz. Perdoa-me, se fui a pedra, a nuvem cinzenta ou o espinho aguçado que fez com que teu coração sangrasse nos momentos em que mais precisavas ser feliz. - Esquece o que fui...Esquece esta nota desafinada que fui e soou perdida na harmoniosa tranquilidade dos teus dias...- Perdoa-me se fui a nuvem cinza que pousou inconsciente e inconsequente no que deveria ter sido somente o brilho dos teus dias..
 - Perdoa-me, porque fui:
A pedra...A nuvem...O espinho...
Mas juro que somente quis ser eu mesmo e tu não me aceitas-te imperfeito. Assim é com magoa e uma lágrima rebelde e até de raiva que pela ultima vez te peço:
-Esquece-me e a tudo o que fui. Esquece que eu existi e existo... Sê feliz finalmente pois somente assim eu conseguirei seguir o meu caminho errante nesta solidão que me assola!
-Esquece o que sou...Perdoa-me se não fui as flores no teu jardim ou a luz que iluminou o teu caminho...Perdoa-me se não fui o teu porto de abrigo ou até o apoio na tua caminhada. 
Perdoa-me se não consegui dar-te a felicidade que merecias e mereces.
Assim se conseguires...Deleta-me

Inconsequente, inconsciente e egoísta

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Tantos escritos...

Hoje vou somente deixar as palavras falar

É verdade. Tantos escritos estas minhas mãos já embalaram, muita tinta já correu por canetas e por estes dedos orientadas entre bytes, megabytes e gigabytes.
Sarapintados entre as azafamas de ligações interligadas por impulsos esquisitos.Todas as teclas são batidas por mãos mais ou menos ágeis, no pouco importante da rapidez que as prime.
Pouco interessa, nem faz diferença nenhuma, pois apenas se escrevem e compõem escalas aparatosas, na sua maior parte , com o fim de convencer o leitor que o mar tem mesmo agua salgada ou sei lá. Que, por exemplo; o nosso céu é bem mais azul, de que os nossos ares são mais puros, mais saudáveis!
E eu estou para aqui sem conseguir realmente respirar fundo e gritar com força, tamanha é a vontade que sinto de acordar os vizinhos.
Ate as águas poluídas do meu rio Lis são límpidas e bem se podem confundir com os meus não menos poluídos pulmões, entre o fumo tresloucado neste cigarro que acendo com raiva ciente que um dia me irá matar…
Escrevo, porque não sei falar, as palavras que me sobram da escrita, faltam-me na voz.
Embalo mais este escrito na esperança que adormeça…
Ou que pelo menos acalme..

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

No Limbo...

Limbo...
Tenho pavor…
Um tremendo medo de me perder...

Sei que se tal acontecer, não mais me vou voltar a encontrar. Hoje eu não escrevo para ninguém, nem mesmo sequer para mim pois de palavras sequei. Sinto tão somente que se me acabou a vontade, o desejo e só restou a dor. Acabou-se-me tudo o que eu era e isso era, na verdade e de facto tudo o que tinha e que continha tudo o que fui. "The End".

Ainda  agora acabei de chegar e já tenho as malas prontas para partir, nem as cheguei a desfazer. As horas…


O meu velho relógio continua redondo, ainda no mesmo sitio e na mesma parede, e eu parei. Os ponteiros, sei que esses não vão parar por mim, nem tão pouco esperar pela minha partida e este momento… Bom...Este é o momento em que me sinto naquela espécie de limbo que me faz lembrar aquelas relações amorosas que não dão certo e que se extinguem diante dos nossos olhos.
E ali... Ao alcance da minha mão surgem aqueles momentos com os quais nunca soube lidar. Talvez porque nunca tenha percebido ao certo, se o tempo parava mesmo para eu  respirar numa espécie de último ar partilhado mas já tão só meu, ou já tão só dele, do próprio tempo. 
Por tudo isto, não sou capaz de decifrar estes eternos segundos e não sei se é com alívio que os vejo correr apressados na redonda mancha da parede onde afinal, outrora esteve um relógio quadrado. Já não sei se é por dor que já um quase de um nada sinto...Isso assombra-me…E volto a ter medo. Muito medo de me perder.
Assim... Vou ficar e não fico somente porque queira muito ou porque aqui algo me prenda, vou ficar somente porque não sei partir. Porque bem no fundo da alma, ainda julgo serem estes, somente, aqueles segundos que passaram e não os segundos que faltam passar e que  farão  com que eu saia e de novo volte a partir !!!.

Basta de palavras...




Hoje somente frases sobre as quais tenho reflectido depois de facilmente escrever. Palavras...
Palavras leva-as o vento !
Confesso que muito disse e escrevi sem fazer a devida vénia para o sentido e o sentimento do que de maneira fácil colocava no papel e ou dizia para as pessoas. Sim confesso-me errado mas mais vale tarde que nunca e por isso mesmo todas as coisas ditas me fazem hoje carregar dor e arrependimento.
Assim:

- "Aqueles que falam das alegrias do amor, por certo, nunca amaram. Amar um ser é senti-lo necessário, portanto, sentir-mo-nos nós próprios numa incessante precariedade."

- " Nunca uses a sensibilidade de alguém somente para fazer crescer o teu ego.
Nem nunca sequer ouses fazer de um momento maravilhoso a dois, apenas um prazer teu !!! "

Por tudo isto somente peço, muito humildemente como errado que tenho sido:
- Que jamais eu não perca a vontade de doar este enorme amor que teimoso existe no meu coração a alguém que me mereça e á qual eu mereça de verdade, mesmo sabendo que muitas vezes, ele será submetido a provas e até rejeitado...

domingo, 19 de janeiro de 2014

Deveria ser... Amar !




Amar de verdade é ver não é somente ver a imperfeição na hora da despedida. 
Para o amor ser verdadeiro, obrigatoriamente duas pessoas que se amam tem que coexistir. Amar é recordar tudo que se foi passado por dois corações, os maus mas sobretudo os bons momentos, somente assim duas almas podem amar.
Amar é conseguir ver na luz do olhar da pessoa que realmente se ama. Amar é compartilhar as alegrias e tristezas e sobretudo os segredos. Amar é 
relaçao a dois. Amar é conseguir ficar parado a olhar a pessoa que se ama e dizer :
 - EU TE AMO !
Amar é ter a ombridade de olhar com os olhos da alma... Amar é compreender que a pessoa que voçe ama se torna essencial e unicamente mais importante do que a sua propria vida. Amar deverá ser o partilhar do mesmo ar da pessoa amada.
Amar é jamais abandonar a pessoa que amamos nos problemas, contrariedades e enfermidades que certamente possam e vão aparecer no caminho a dois. Amar é estar juntos unidos em uma so alma,pois amar para mim; so tem um significado...
- Amar de verdade !!!

Sinto-me  só... Perdoa-me não ser capaz de amar sozinho.

Beijos do teu amor eterno.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Temos Pena !!!!

Ora então, para aqueles que estavam fartos de mim, tenho pena, mas hoje resolvi voltar. Não porque tenha saudades ou por simples”birra”, voltei hoje, porque a minha vontade de escrever se sobrepôs á perguiça e inércia instalada nestes dedos ociosos e já enferrujados, de nada fazer por uma escrita que em tempos já foi facil.
Quando em 2004 escrevia textos do genero “Pedaços de mim” ou “Crónicas de um pecado mortal” e com eles causava amores e odios, aprendi que o ter cuidado com as palavras e ser “politicamente correcto”, não era o oceano calmo onde poderia nadar sem medo de ser engolido por uma mega-onda.
Hoje, e relembrando alguns comentarios entendo que somente quem escreve fantasia e ou ficção sobrevive neste mundo das emoções/relacões dos post e coments. Mas sabem…Melhor, querem saber o que eu penso a este respeito? 
Que tudo o que é escrito sem ser sentido somente tem a finalidade de mostrar para os outros precisamente o contrario do que somos na realidade.
Provavelmente, nos meus primeiros escritos, tambem eu entrei de cabeça nesse carrocel de falsas emoções e sabem… Em vez de engrandecer o meu ciclo restrito de amizades eu o diminuí porque fiquei hipócrita e convencido que o mundo e as pessoas giravam em meu redor.
Quando acordei para a realidade, e nunca é tarde demais para nada nesta vida, olhei em volta e posso afirmar com plena certeza que estava mais só que nunca.
Hoje, depois de ter desaparecido destas coisas das escritas para impressionar, muitas coisas poderia escrever para me justificar,mas não, sei que há fins que justificam os meios e não vou, nem quero faze-lo. Hoje…
É, hoje somente me deu vontade de dizer:
“Estas palavras que escrevo…”
Palavras…
Quer sejam as nossas ou as alheias, sempre causam efeito.


Agora eu pergunto-me…Pergunto-vos:
Que fazer com o que elas, as palavras, nos deixam dentro do peito?
-Tristezas… Alegrias… Ciúmes e até … Agonia.
Mas…A verdade, é que seja qual for o sentimento que deixem,
A verdade é que alteram o rumo do meu dia.
Volto a perguntar-me…A perguntar-vos:
-Como podem simples verbos, minusculos adjectivos,
pronomes mais ou menos (im)pessoais e afins,
Como podem todos eles juntos, misturados ou sobrepostos,
Influenciar tanto as nossas vidas?
-Que estranho !!!
Que poder é este que simples palavras têm,
E que tanto mudam as coisas dentro de mim…De nós?
Escrever… É  a meu ver, montar um quebra-cabeças com palavras.
construir frases subordinadas, assindéticas.
Revelar assim, sujeitos ocultos, esconder determinantes e determinados.
E talvez contra-natura,transformar coisas passivas em activas.
-Refazer…Tentar, talvez em vão, mudar.
Ás vezes usar as palavras para abrir um coração, podem gerar conflitos.
Mas que fazer quando elas teimam em não se calar?


Usa a tua mente alia-a ao teu coração e deixem que voem livremente.
As palavras quando nos saem do fundo do peito
Sérias, verdadeiras servem para lavar a alma.
Então…
Neste momento, o que importa se a todos vão agradar.
Fica em paz, fica bem e com a plena certeza  de que elas irão cumprir sua função.
Porem arrisco um conselho:
-Certifiquem-se apenas que essas palavras vêm do coração.
E se mesmo com todo este processo, escrever se torna algo dificil,
deixa o silêncio reinar…
Porque dias há em que as palavras “emboladas” demoram a voltar para o lugar.

Desolado...Confuso e até furioso !!!



Está bem... Tenho andado arredado deste pedaço de mim, mas....Existem horas da nossa existência em que nada do que nos rodeia nos trás a motivação de estar em lugar algum e isso é o que me tem acontecido. Por isso mesmo, hoje não me vou (re)encontrar mas sim tentar sair desta apatia que me deixa plantado no fundo do sofá sem vontade de falar ou ouvir o meu nome.
Por muito esforço que o meu corpo desprenda e que a minha cabeça tente não sou capaz de passar ao lado dos meus últimos três anos. Por muito que tenha sido cruel, foi um período em que sonhei e somente isso fez com que consegui-se de uma maneira ou outra tropeçar ,cair e levantar.
Certo...Gente sofreu com o meu sofrer, oportunidades me foram dadas e eu próprio me dei a oportunidades.
O certo é que terrivelmente hoje me sinto, com todos os horrores que tenha praticado, usado e tratado como lixo que sei que não sou.
Chego á conclusão de que o maldito dinheiro é o culpado do bom e do mau. Tens dinheiro és amado com paixão, não tens...Aí deixas de prestar, és horrível, fizeste tudo o que de pior se pode fazer a uma pessoa.
É uma droga... Assim como "Droga" é a minha vida. Queria poder pedir perdão mas os últimos acontecimentos fazem com que a revolta de me ter enganado em demasia nas pessoas em que depositei a minha confiança. Sinto-me simplesmente como um preservativo usado jogado em um canto.
Maldito coração que me atraiçoas!!!
Agora me pergunto...Como se pode passar a odiar uma pessoa que se ama?
Ajudem-me por favor.
Um dia ainda virei a ter juízo !!!!

domingo, 5 de janeiro de 2014

Falar-te de mim


Hoje quero falar-te da dor incubada em todos os meus poros.
Não quero usar de lógica nem de coerência…
Quero falar-te dos ontem(s) obscurecidos pela névoa que me rouba o ar
Quero falar-te do meu amanhã, de uma realidade insólita que gravita fora de órbita.
Quero falar-te das duvidas semeadas no meu sangue quente e tão vermelho como o teu.
E da âncora que esta presa nas minhas artérias, rasgando-me as certezas incertas.
Quero falar-te de um sol que se deita na minha alma e me queima a sanidade e serenidade
Quero falar-te dos meus pés cançados mas que semeiam flores.
Quero falar-te do meu chão árido, dos meus tropeços, dos meus passos que deixaram marcas no caminho
Quero falar-te dos meus braços estendidos na imensidão de um talvez, ou não !!
Dos meus lábios desertos aridos de beijos, quero falar-te.
Quero falar-te das tristezas (in)trançadas no meu cabelo grisálho que um dia foi louro,
Quero falar-te dos meus sonhos que embrulho em mortalhas de fino linho.
Quero falar-te de todos os meus gritos perdidos na multidão e dos fantasmas presos no meu porão
Quero falar-te das sombras que me observam e riem de mim
Quero falar-te de vida com vestes de cetim que beija o sentimento
Quero falar-te dos meus entre tantos, dos meus entre meios, dos meus entre outros
Quero falar-te de um lugar perdido dentro de mim que jamais irei encontrar.
Quero falar-te das minhas pedras no sapato, na alma e na garganta.
Da indiferença com a qual ja me habituei !
Quero falar-te de silêncios sublimes que me afloram os tímpanos
Quero falar-te de meus erros sem consertos e dos consertos dos meus erros.
Quero falar de um eco de renuncia que ecoa em meus sussurros, gritos e sonhos
Quero falar-te dos rios que correm em mim e deságuam em ti
Quero falar-te de um naufrágio no qual morri afogado em loucura e medo
Afinal…
Quero somente falar-te de mim !!!
P.F.

Basta...


- Basta...

Não vou querer mais iludir e enganar o meu coracao. Hoje e aqui deixo a promessa de que não voltarei a medo de sair com dor, ferido de sofrer e de me entregar. Sinto grande vontade de viver. Quero procurar e encontrar o que ainda não tenho e que tanta falta me faz,
- Basta... 
Nao vou voltar a fingir que nao percebo e entendo os sinais do meu corpo ou que nao sinto meu coracao a bater tao forte que se me assoma a sensação de que vai saltar do meu peito. Não posso e não nego que sinto o suor frio nas minhas mãos e agarganta seca. Não... Não vou negar que os meus dedos tremem e não conseguem firmeza para segurar como no passado, a caneta no papel e assim a minha letra sai tremida.
- Basta...
Nao vou voltar a segurar meu choro e sequer voltar a esconder as lágrimas que insistem em correr marcando sulcos no meu rosto demasiado cansado
- Basta...
Nao vou jamais voltar a envergonhar de tudo o que sinto. Vou sair sem me aventurar e procurar o que de antemão sei que esta perdido em algum lugar da minha alma e apenas espera o exacto momento para ser encontrado.
- Basta...
Está na hora. Tenho sede de emocoes como nunca pensei ter um dia quero rir, chorar, correr, cair, levantar, tentar e com todas estas aprender. Quero poder olhar apra tras sem arrependimentos, sem ter vontade de voltar a construir de inicio a minha historia. Quero acreditar, estar certo de que fiz minha parte e que quando certo, voltaria a dizer cada palavra mas que quando errado admitir e aceitar ajuda.
- Basta...
Para quem não sabe, ou não quer saber, também dentro do meu peito bate um coração, endurecido, é certo, mas mesmo assim um coração que me diz para gritar:
- Basta !
Porque porque existe em mim uma vontade enorme de mudar e colocar em pratica as licões que aprendi a ferro e fogo somente porque esse coração foi aos poucos transformado numa pedra cinzenta e fria. Hoje entendo que nao preciso provar nada para ninguem porque ninguem me provou abslutamente coisa alguma... Hoje sei como sou errado e aceito... Sei que a luta é dificil e que estou sozinho mas tenho o querer e isso basta. 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2014



Este será o momento ideal para, com a entrada de um novo ano, eu repensar e (re)encontrar o que realmente é o mais importante para mim. Com a entrada de um espaço temporal que em ultima analise poderá e mais importante, deve ser, voltar-me a tempo inteiro não para o que se passou mas para o que se irá passar não nos próximos trezentos e sessenta e cinco dias, mas tão somente, em cada momento, ao segundo !
Não quero ser sincero para quem me rodeia até porque não o poderei fazer se em primeiro lugar não o for para mim mesmo. Longe vão os tempos em que a minha escrita se direccionava para as quimeras baseadas na minha vida passada, experiência, intuição e um sem numero de armas que a mim, pouco me valeram neste percorrer descalço, por caminhos sinuosos que encheram de chagas, não os meus pés cansados mas o meu corpo.
Muitas tem sido as minhas batalhas nesta guerra que prevejo nunca acabar. Estou cansado é certo, mas também não tenho como me evadir e fazer-me desertor perante uma vida que somente é minha. Posso e devo ser "objector de consciência", mas somente isso!
Toda a tristeza que sinto por me julgarem sem que tenham um dia colocar nos pés os meus chinelos e percorrido e ou sentindo na pele, (e na alma), o que eu senti, terem comido do mesmo prato que eu comi, terem escalado ás mesmas montanhas que escalei, ou sequer terem sentido o sal das lágrimas que chorei. Sim, toda esta tristeza e angustia faz de mim, um soldado melhor mas não um herói.
Espero assim, neste ano que hoje começa, fazer com que cada segundo traga somente para mim as consequências dos meus actos.
Deixando aqui e agora, não a promessa mas o compromisso, de que a cada instante serei somente eu a verdadeira motivação de todas as minhas lutas.