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sábado, 14 de junho de 2014

Perplexo...

Foz do Liz   (Foto de Silvério Leal)
O meu dia amanheceu radiante, muito embora a descida ao centro de mim me tenha perturbado o adormecer. Caí a pique nas profundezas do interior dos meus pensamentos e nada mais encontrei senão perplexidade...Senti a "força G" da velocidade da descida e sem que nada pode-se fazer, senti um nó na garganta, o aperto natural de quem é surpreendido por algo que, quase (sobre) naturalmente, faz disparar todos os alarmes que subtilmente estão instalados em alguém que faz da sua experiência de vida, alimento. Hoje, e apesar de ter sentido uma imensa dor quando por descuido ou incúria, bati com o dedo do pé na perna da primeira cadeira que se atravessou no meu caminho, senti que existem "coisas" para as quais não existem explicações.

Se um dia me perguntarem: Quanto me amas...Como ou porquê, vou fazer o mesmo que fiz ao entrar no banho morno que "aquietou" a inexplicável perplexidade com que despertei, tempéro o discurso, modero a queda e força do impacto e deixo que as palavras me relaxem o corpo tenso, por não saber o que pensar...

Simplesmente desisto de lutar contra moinhos de vento como se gigantes se trata-se...Sorrio e sinto o gosto (agri) doce do momento, e consigo facilmente reduzir a equação a somente "UM" que multiplico por dois aos quais tento subtrair um "numero primo" e nada resulta...

Desisto...

Decido que; A minha vida jamais vai voltar a ser a mesma e como tal, deixar as coisas correr com naturalidade.

Se comparar...É como o curso de um rio. na nascente é um simples fio de agua, quiçá, somente uma gota. Mas que se transforma em imenso caudal na sua foz. No seu caminho enfrenta a calmaria, as quebras e requebras, e uma calamidade de obstáculos dos quais harmoniosamente se desvia e contorna.

Perplexo...Sim !!!
Assustado... Não !!!

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