...A noite anuncia a sua leve aportada,
Engrandecido alento, leve e precisa no tempo,
Abraço materno, concubina do infindável vento.
O seu abafamento, majestosa curva,
Circular mundo abrangente, que abraça as imensas montanhas,
A afável floresta viva, as extensas pradarias de papoilas sentidas,
O horizonte infinito e curvilíneo, singular força de almas outrora vividas.
Escura, cava sombra, imensa mãe negra, côncava mulher pura.
No abismo do vão, outro ser presente, criatura da noite,
Viciada no escuro viajante, eterna luz cintilante,
Poderosa claridade cativante,
Sedutora alma, aluada amiga, aluada amante,
Variada forma apaixonante, de lua cheia a quarto minguante.
Elevada luz, suspensa na noite surge, altiva mulher confidente,
De murmúrio leve e envolvente, de sussurro arrepiante e quente,
Celestial companheira presente, sonho perfeito e ardente,
Excitante arrepio na espinha dormente, estremecimento fervente meu corpo sente,
O amor em nós presente.
No imenso mar adormecido, sobre a nobreza das ondas macias,
Um reflexo, a tua espelhada e imponente aparência,
Luz eterna, pirâmide universal, brilhante movimento,
Valsa perfeita ao compasso da maresia, apaixonada dança em sintonia,
Luar cósmico e profundo, cintilante amor, resplandecente calor, luminoso amor.
Luar, poderoso momento,
Cintilante amiga, colossal no tempo, de claridade transparente,
Imensa mãe, mulher pura.
P.F.
(do original: "Sem tirar nem pôr" 2006)
Abreijo
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